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AMAMENTAÇÃO: UM GESTO DE AMOR E DOAÇÃO RECÍPROCA ENTRE MÃE E FILHO

 
A mulher passa a conhecer o significado de ser mãe já a partir da notícia de sua gravidez. Neste momento, ainda que não perceba, adota comportamentos que tem como objetivo proteger a integridade deste novo ser, ao mesmo tempo em que a relação entre o binômio se fortalece. As circunstâncias que deram origem à gestação podem ter influência direta na construção deste relacionamento, uma vez que os sentimentos de uma mulher que consegue engravidar após anos de tratamento, são diferentes daquela que engravidou na adolescência e terá que enfrentar uma longa jornada de vida para cuidar de seu concepto. No entanto, a partir do nascimento do bebê, cada mulher atribui de maneira individualizada, um significado real para a maternidade, com base em suas expectativas e experiências relacionadas com a vida, com a gestação, com o parto e com todas as emoções e sensações vividas ao olhar pela primeira vez o rostinho do neonato. Kuschinirestudou as traduções do que é “ser mãe”, através de um relato de caso, onde mostra que “sonho” e “milagre” são as palavras mais usadas para explicar os sentimentos de quem aguardou ansiosamente meses para iniciar uma nova identidade: ser mulher-mãe.
Neste sentido, entra em cena uma rotina materna na qual decisões devem ser sabiamente tomadas a todo instante, iniciando-se logo após o nascimento e com a amamentação, a qual depende de fatores como a saúde da mãe e do bebê, do ambiente no qual estão inseridos, da idade e do trabalho profissional da nutriz, das condições habituais de vida, escolaridade, situação conjugal, experiência anterior com aleitamento, orientação profissional e, também, das características próprias da mãe.
Na tentativa de suprir as necessidades e reforçar as decisões maternas no que tange a aleitar, o Ministério da Saúde lança mão de estratégias que visam a promoção, a proteção e o apoio ao aleitamento materno, com a oferta não apenas de informação, mas de profissional treinado e periódicamente supervisionado da Rede Amamenta Brasil, do apoio da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, da Iniciativa Hospital Amigo da Criança e do lançamento de campanhas publicitárias que sejam capazes de ajudar na determinação de amamentar e de prolongar o tempo desta prática, preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para até 24 meses ou mais. Os resultados de toda essa mobilização são revelados através da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, a qual mostra que a situação do aleitamento materno exclusivo (AME) tem sofrido melhorias relevantes, apesar de ainda estar distante do cumprimento das metas propostas pela OMS. 
O leite humano é altamente nutritivo, contém substâncias imunológicas capazes de proteger o lactente contra infecções importantes, além de ser isento de bactérias, econômico, prático, e prazeroso para a mãe e para o infante (Montenegro e Rezende, 2008), o que significa evitar milhões de mortes de crianças,  menos internações, menos consumo de leites artificiais, menor incidência de infantes com alergias alimentares e mais proteção para o binômio em questão. Na primeira hora, fortalece vínculo afetivo entre mãe e bebê, ajuda na involução uterina e reduz a mortalidade de neonatos, uma vez que no Brasil a grande maioria das mortes  de crianças com menos de um ano acontecem no período neonatal, segundo a Unicef (2009).
            Apesar de todos os esforços para promover o aleitamento materno, o desmame precoce ainda é uma realidade. Os programas voltam-se para o estímulo da prática, mas pouco consideram que a mãe amamenta em sua residência, muitas vezes sem apoio familiar, sem supervisão profissional, em condições ambientais desfavoráveis, o que abre espaço para que as dificuldades e os fatores de risco conduzam a nutriz a interromper a amamentação.
Sabe-se que a prática da amamentação tem sofrido mudanças importantes, por motivos tais como estética da mama, trabalho, conforto ou crença locais de algumas civilizações, mas um estudo realizados com índias Tupinambás mostra que é possível desempenhar equilibradamente o papel de mulher, nutriz e trabalhadora, visto que as mães trabalhavam o dia todo com o lactente amarrado ao corpo para mamar quando lhe fosse conveniente (Silva, 1990). De fato, naquele tempo o principal papel da mulher era ser mãe, ao passo que essa condição natural, nos dias de hoje, tem sido por vezes negligenciada e até mesmo negada, em conseqüência da expansão das atividades femininas. Ainda assim, os movimentos pró aleitamento materno tem incentivado não apenas as mamães, mas principalmente as empresas empregadoras de mulheres à implantarem salas de amamentação, onde a nutriz pode retirar e armazenar o leite durante o período de trabalho, para que o bebê continue a receber o alimento em casa ou no berçário.  
Composição do leite materno
            Segundo Moura (2002) o leite materno contém mais de 200 substâncias, nem todas inteiramente estudadas e são divididas em três grupos:
–    Específicas para a espécie (imunoglobulinas, por exemplo);
–    Específicas para o organismo (lactose, por exemplo);
–    Específicas para a espécie e organismo (lipídios, por exemplo).
            Os elementos do leite humano: água, energia, proteína, lipídio, ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados, carboidratos, minerais, potássio, cloreto, cálcio, sódio, fósforo, magnésio, zinco, ferro, cobre, iodo, cromo, selênio, flúor, manganês, vitaminas B6, B12, C, D, E e K, retinol, caroteno, tiamina, riboflavina, niacina, folato, ácido pantotênico e biotina.
O Colostro
•      É o fluido acumulado nas células alveolares nos últimos meses de gestação e secretado nos primeiros dias pós-parto.
•      Em menor quantidade tem-se carboidratos e gordura do que o leite maduro. É rico em imunoglobulinas, peptídeos antimicrobianos e outras moléculas bioativas.
•      Trata-se de um líquido transparente, de cor amarelada com aspecto cremoso/viscoso, muito rico em proteínas, vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis.
O leite de transição
•      Este período é visto como apojadura ;
•      Do 7º ao 21º dia após o parto, as alterações na composição do leite humano ocorre de forma mais lenta;
•      Segundo Moura (2002), o leite de transição se forma na segunda semana pós-parto e é o elo entre o colostro e o leite maduro, que acontece a partir da segunda quinzena pós-parto.
•      Nesta fase a mãe poderá apresentar hipertermia, cefaléias, congestão vascular e aumento progressivo da glândula mamária. Se os sintomas persistirem, é necessário avaliação de uma consultora em aleitamento materno ou médico.
O Leite Maduro
•      O leite maduro surge por volta da terceira semana após o nascimento, possuindo uma cor mais branca e se apresentando com aspecto mais consistente do que o leite de transição;
O Leite do bebê prematuro – A inteligência do corpo humano
•      O leite do pré-termo tem uma composição diferente dos outros, pois é elaborado para as necessidades específicas de um prematuro;
•      Possui grande conteúdo de proteínas, gorduras, calorias, vitaminas lipossolúveis, lactoferrina e vitamina A, porém é mais pobre em vitamina C e lactose ;
Vantagens para o Bebê
•      Segundo BRASIL (2002) o leite materno é o alimento mais natural para os lactentes, pois fornece toda a energia e os nutrientes necessários nos primeiros meses de vida até um terço do segundo ano de vida;
•      Promove o desenvolvimento sensor e cognitivo da criança, protegendo-a contra doenças crônicas e infecciosas por conter linfócitos e imunoglobulinas que ajudam o bebê a combater infecções;
•      O leite materno transmite calor, amor, afeto, segurança ao lactente e a certeza da presença da mãe.
Vantagens para a Nutriz
•      Salve, Divitiis e Toma (2008) dizem que a proteção contra câncer de mama está bem estudada, onde é sugerido que o aleitamento materno possa ser responsável por 2/3 da redução estimada no câncer de mama entre as mulheres que amamentam prolongadamente;
•      A amamentação está relacionada à amenorréia no pós-parto, ao maior espaçamento entre as gestações, ao retorno precoce do peso pré-gestacional e o menor sangramento uterino após o parto e, conseqüentemente, menos anemia;
•      Facilita a involução uterina, devido ao aumento transitório de ocitocina, que é produzida durante a amamentação;
•      O aleitamento materno contribui também na prevenção de depressões pós-parto.
Vantagens para a Sociedade e Família
•      As crianças que recebem leite materno ficam menos adoecidas, assim utilizam menos o serviço de saúde, hospitalizações e medicamentos, além de fazer com que os pais apresentem menor frequência de faltas nos empregos;
•      A prática bem sucedida da amamentação traga satisfação à mãe e à família;
•      Salve, Divitiis e Toma (2008), explicitam que o gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros seis meses de vida varia de 23% a 68% do salário mínimo, devem-se acrescentar ainda custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha;
•      O maior efeito se dá sobre a mortalidade em crianças pequenas, graças aos múltiplos fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções comuns, como diarréia e doenças respiratórias agudas
O leite materno e a prevenção de doenças
      As doenças mais conhecidas e as quais são protegidas pela amamentação, são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus.
      Devido aos baixos níveis de sódio e elevados níveis de potássio, o leite materno pode prevenir o desenvolvimento de hipertensão arterial na idade adulta e de todos os transtornos cardiovasculares consequentes ao excesso de peso que se observa nas crianças que não foram alimentadas com leite materno. As crianças exclusivamente amamentadas apresentam menor incidência de Diabetes tipo 1 quando comparadas com crianças não amamentadas, apresentam também redução da incidência de outras patologias, como as retinopatias e as nefropatias, pode contribuir para a diminuição dos riscos de anomalias sensoriais, especialmente da visão, tal como pode ser que tenha conseqüências positivas, no plano do desenvolvimento intelectual e cognitivo, graças ao incremento da probabilidade de manutenção da normoglicemia (CARDOSO, 2006).
Conciliar as atividades profissionais com a amamentação é uma prática possível, pois a alimentação natural exclusiva dá lugar á introdução gradual de novos alimentos após o
sexto mês, sem a necessidade de desmamar. De fato, a motivação materna é um fator significante para que todos os objetivos sejam alcançados. Neste contexto, os benefícios do aleitamento materno para mãe, bebê, família e sociedade, aliados à orientação profissional, suporte familiar, são razões suficientes para que as mulheres tenham confiança para amamentar até 2 anos ou mais, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde.
 
Postado por Enfermeira Grasielly Mariano – (11) 7761-3254 Acesse meu site: http://www.lactare.com

AMAMENTAÇÃO – COMO LIDAR COM CONSELHOS INDESEJADOS

COMO LIDAR COM CONSELHOS INDESEJADOS
 
Por Elizabeth Pantley – autora do livro Gentle Baby Care
Tradução: Grasielly Mariano
  
“Socorro! Eu estou ficando frustrada com os infinitos conselhos que recebo de minha sogra e de meu irmão. Não importa o que eu faça, estou fazendo errado. Eu os amo, mas como faço para que eles parem com os conselhos indesejados?”
Assim como o bebê é uma parte importante de sua vida, ele também é importante para os outros. Pessoas que se importam com o seu bebê têm laços com você e com a criança de uma forma tão especial que naturalmente são solicitados a darem conselhos. Sabendo disso, você tem uma boa razão para lidar com essas interferências de uma forma gentil, de modo que preserve os sentimentos de todos.
Não obstante os conselhos, o bebê é seu e ao final você fará da forma que acredita ser a melhor. Raramente vale a pena travar guerras com pessoas queridas por conta de comentários. Você pode responder por vários meios:
1-       Ouça primeiro – É natural agir defensivamente se você sente que alguém está julgando você, mas você pode não estar sendo criticada. A outra pessoa está compartilhando o que ela acredita ser um ponto de vista de valor. – Tente escutar – você pode aprender algo importante.
2-     Desconsidere – Se você sabe que não há chances de mudar sua opinião, simplesmente sorria, balance a cabeça em concordância e faça uma resposta não comprometedora, como por exemplo: “Interessante”. E siga em frente fazendo tudo do seu jeito.
3-      Concorde – Você pode concordar com alguma parte do conselho oferecido. Se houver um ponto que você valorize, verbalize sobre o tópico.
4-     Escolha as suas batalhas – Se a sua sogra insiste que o bebê deve vestir um chapéu para passear no parque, vá em frente e ponha o chapéu. Isto não terá nenhum efeito prolongado exceto aplacá-la. Entretanto, não capitule as questões que são importantes para você ou para a saúde e bem-estar da criança.
5-     Seja clara – se o seu irmão está pressionando você a deixar o bebê chorar para dormir (mas você jamais fará isto), então não reclame com ele que seu bebê fez você levantar da cama cinco vezes na noite passada. Se ele abordar o tópico, mude de assunto – “Você quer uma xícara de café?”
6-     Busque informações – Conhecimento é poder. Proteja a si mesma e a sua sanidade lendo sobre as opções da maternidade. Confie que você está fazendo o seu melhor para o seu bebê.
7-     Informe as outras pessoas – Se você escuta informações que estão erradas ou desatualizadas, compartilhe o que você aprendeu sobre o assunto. Você pode abrir a cabeça da outra pessoa. Faça referência à estudos, livros ou relatórios que você leu.
8-     Cite um médico – Muitas pessoas aceitam um ponto de vista se um profissional validar a informação. Se o seu pediatra concorda com você, então diga: “ Meu médico disse para esperar até que o bebê complete seis meses para introduzir alimentos sólidos”. Se o seu médico não apóia o seu ponto de vista, cite outro pediatra – autor de algum livro de cuidados com o bebê.
9-     Seja vaga – Você pode evitar confrontos oferecendo respostas evasivas. Por exemplo, se a sua irmã pergunta se você já está tirando as fraldas (mas você está há muitos meses de começar este processo) você pode responder: “ estamos caminhando nesta direção”.
10-  Peça conselhos! – Sua conselheira possivelmente é uma “expert” em algumas questões que você pode concordar. Descubra estes pontos e peça conselhos. Ela se sentirá feliz por poder ajudá-la e você ficará feliz por ter encontrado uma forma de evitar discussões sobre tópicos que você não concorda.
11-    Tenha uma resposta padrão – Eis uma resposta que pode ser utilizada em quase todos os conselhos indesejados: “Este pode não ser o melhor jeito para você, mas é o melhor para mim”.
12-   Seja honesta – Tente ser honesta sobre os seus sentimentos. Reserve um tempo e escolha suas palavras cuidadosamente, como por exemplo: “ Eu sei o quanto você ama o Harry e eu estou feliz por você passar tanto tempo com ele. Eu sei que você acha que está me ajudando quando me oferece conselhos, mas eu estou confortável com as minhas próprias convicções e agradeço de todo o coração se você puder entender isto.
13-   Encontre um intermediário – se a situação está causando tensão em seu relacionamento com o conselheiro, você pode pedir ajuda para outra pessoa.
14-  Encontre aliados – Junte-se a grupos de apoio ou clubes online com pessoas que compartilham das mesmas filosofias. Conversar com pessoas que estão cuidados de seus bebês de maneira semelhante a forma que você utiliza pode dar-lhe forças para encarar pessoas que não entendem seu ponto de vista.
 
 
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AMAMENTAÇÃO -COMO EXTRAIR O LEITE COM A COMPRESSÃO DA MAMA

COMO EXTRAIR O LEITE COM A COMPRESSÃO DA MAMA

Texto de Dr. Jack Newman – Tradução de Enfª Grasielly Mariano

O propósito da compressão da mama é dar continuidade ao fluxo de leite para o bebê quando este suga sem retirar o leite – conhecida como nutrição não nutritiva. Retirar o leite da mama (Tipo de sucção: “boca bem aberta – pausa – boca fechada” – veja também os vídeos no website: www.drjacknweman.com) significa que o bebê enche sua boca com leite e se o bebê não consegue, a mamãe pode usar as compressões para ajudá-lo e manter o fluxo de leite para o bebê. As compressões simulam o reflexo de ejeção (descida do leite que as nutrizes experimentam durante a amamentação ou quando o bebê chora – embora algumas mulheres possam não sentir). A técnica pode ser útil para:
1-      Bebê com dificuldade para ganhar peso
2-      Cólica em bebê amamentado no peito
3-      Mamadas frequentes ou longas
4-      Lesões nos mamilos
5-      Bloqueio de ductos ou mastite recorrentes
6-      Encorajar bebê sonolento a continuar a sugar e extrair o leite.
7-      Ajudar o bebê “preguiçoso” ou aquele quer apenas “chupetar” (para se acalmar). Incidentalmente os bebês respondem ao fluxo de leite.
A compressão não é necessária se tudo estiver correndo bem. Quando a amamentação está acontecendo dentro dos padrões normais a mãe deve permitir que o bebê termine a mamada em uma mama e depois deve oferecer a outra. Como saber quando o bebê já terminou de um lado? Quando ele apenas suga (sucção rápida e sem pausa) e não deglute. As compressões ajudam a extrair o leite.
Neste sentido, a aplicação de pressão funciona particularmente bem nos primeiros dias para ajudar o bebê a conseguir mais colostro. Eles não precisam de muito colostro, mas precisam de alguma quantidade. Uma boa pega e as compressões são suficientes para a extração.
Pode ser útil saber que:
1-      Um bebê com uma boa pega consegue mais leite do que aquele cuja pega não está adequada. Uma pega “pobre” possibilita a extração do leite apenas quando o fluxo é rápido. Assim, muitas mães e bebês conseguem se dar bem mesmo na ocasião de uma pega “ruim”, uma vez que muitas produzem leite em abundância. Entretanto, a nutriz pode pagar o preço: Lesões no mamilo, bebê com cólica e/ou bebê que está constantemente ao seio (mas sugando apenas em uma pequena parte do tempo).
2-      Nas primeiras 3-6 semanas de vida muitos bebês tendem a adormecerem enquanto mamam e o fluxo de leite é lento, não necessariamente quando eles conseguem leite suficiente, são “preguiçosos” ou querem “chupetar”. Após esta idade, eles começam a soltar o seio quando o fluxo de leite diminui. Contudo, alguns podem soltar a mama mesmo quando ainda são muito jovens (nos primeiros dias) e outros podem adormecer quando o fluxo de leite é mais lento mesmo no 3º/4º mês.
Compressão da mama – Como fazer?
1-      Segure o bebê com um braço
2-      Apoie o seio com a outra mão, envolvendo-o com o dedão em um lado da mama (na parte superior é mais fácil) e os outros dedos próximos à parede torácica
3-      Observe o bebê mamando (veja os videos em www.nbci.ca) sem a necessidade de monitorar todas as sucções. O bebê consegue uma quantidade substancial de leite quando utiliza o tipo de sucção “boca bem aberta – pausa – fecha a boca”.
4-      Quando o bebê suga sem extrair o leite, faça a compressão para aumentar a pressão interna da mama. Não deslize seus dedos pelo seio em direção ao bebê, apenas aperte e solte. Não aperte muito para não machucar e tente não alterar a forma da aréola (parte escura ao redor do mamilo). Com a compressão o bebê deve começar a sugar e extrair leite novamente com o tipo de sucção “boca bem aberta – pausa – fecha a boca”. Use a pressão enquanto o bebê suga e não extrai o leite – sucção não-nutritiva.
5-      Mantenha a pressão enquanto o bebê suga sem retirar leite e então solte. Desfaça a pressão se o bebê parar de sugar ou se ele voltar a sugar sem extrair o leite. É comum que o bebê pare de sugar quando a pressão é a aliviada, mas ele volta a mamar em seguida com o maior fluxo de leite. Se o bebê não parar de sugar quando você soltar a pressão, espere um tempo para pressionar novamente.
6-      A razão para aliviar a pressão é permitir que sua mão descanse e fazer com que o fluxo de leite se estabeleça novamente. O bebê, se ele pára de sugar quando você desfaz a pressão, voltará a sugar quando sentir o gosto do leite.
7-      Quando a sucção recomeça, ele pratica a sucção “boca bem aberta – pausa – fecha a boca”. Se isto não acontecer, faça nova compressão.
8-      Continue de um lado até que o bebê não consiga extrair mais leite, mesmo com as compressões. Você deve permitir que o bebê fique deste lado por um tempo até que você sinta o leite descer (reflexo de ejeção) e o bebê começar a sugar e retirar o leite sozinho. Se o bebê não consegue mais leite, deixe-o parar e tire-o do seio.
9-      Se o bebê quer mais, ofereça o outro lado e repita o processo.
10-   Você pode querer (a não ser que tenha fissuras e rachaduras nos mamilos) mudar de lado várias vezes.
11-   Trabalhe para melhorar a pega do bebê
12-   Lembre-se: faça a compressão apenas quando o bebê suga sem extrair leite. Espere que ele reinicie a sucção. Não pressione quando o bebê de fato tiver parado de sugar.
Por experiência, a técnica acima funciona muito bem, mas se você encontrar outra forma de fazer o bebê extrair mais leite com a sucção “boca bem aberta – pausa – fecha a boca”, utilize-a se for melhor para você e para o bebê. Contanto que não machuque as mamas e que o bebê consiga encher a boca com o leite materno, a compressão estará funcionando.
Você não precisará fazer isso sempre. À medida que a técnica da amamentação é aperfeiçoada você será capaz de deixar as coisas acontecerem naturalmente. Veja os vídeos sobre como direcionar a pega, como fazer o bebê conseguir leite e como usar as compressões em www.nbci.ca .
Grasielly Mariano – Enfermeira consultora em aleitamento materno, membro pesquisador do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Aleitamento da Escola de Enfermagem da USP, tem formação em aleitamento materno em três países e realiza pesquisas no Canadá sob orientação do Dr. Jack Newman. E-mail: enfgrasi@lactare.com /telefone: (5511) 7761-3254.
Dr. Jack Newman, Médico pediatra canadense, consultor internacional em aleitamento materno, MD,  IBLCE, fundou e dirige o Newman Breastfeeding Clinic Institute (Toronto) e é professor da Toronto University.
 Enfermeira Grasielly Mariano –             (11) 7761-3254       Acesse meu site: http://www.lactare.com